Celebração de 20 anos de democracia
O embaixador extraordinário e plenepotenciário da República de Cuba na Guiné-Bissau; o representante da Comissão da CEDEAO, o representante da União Africana e o representante especial-adjunto de Ban Ki Moon no país, foram as vozes da comunidade internacional que deram o seu testemunho na abertura do colóquio “20 anos de democracia: balanço e desafios”.
O decano em exercício do corpo diplomático acreditado em Bissau, o embaixador cubano no nosso país, começou por saudar o retorno à ordem constitucional. “Saudamos o reencontro com a paz de toda a sociedade guineense, a unidade e o trabalho árduo para o desenvolvimento do seu povo”, acrescentando que estes 20 anos de vivência democrática têm que servir para consolidar a nova etapa que agora começou.
O diplomata cubano salientou que é necessário cerrar fileiras contra “aquelas coisas que tanto travam o valoroso, heróico e amigável povo da Guiné-Bissau”, designadamente a luta contra a fome, contra o analfabetismo e a luta contra a insalubridade, “objectivos impostergáveis para o desenvolvimento, pois sem saúde e sem educação não há desenvolvimento”.
Citando José Marti, segundo o qual devemos ser cultos para sermos livres, o embaixador cubano considerou que um povo sem cultura por mais que lute, nunca atingirá a liberdade plena.
Na sua curta intervenção, o decano em exercício do corpo diplomático recordou o 90º aniversário de nascimento de Amilcar Lopes Cabral “um grande homem de África e do mundo, um amigo de todos os progressistas do mundo, um homem que lutou para o seu povo, para o seu continente e para a liberdade mundial”.
Concluindo, sublinhou que é enorme o desafio para os guineenses e para a comunidade internacional. Porém, “o maior desafio é respeitarmos a vontade deste povo que se expressou nas urnas com o seu voto e que pode contar em pleno com a comunidade internacional”.