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Celebração de 20 anos de democracia

por Homem João Fernandes última modificação 20/04/2020 20h33

O chefe do Governo considerou o colóquio um momento sublime

Na sessão de encerramento do colóquio, o Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira considerou que os 20 anos da construção da democracia na Guiné-Bissau produziram muitos ensinamentos, alguns baseados no reconhecimento de erros e omissões e outros na compreensão da limitação dos recursos materiais.

O chefe do Governo guineense quer acreditar que “cada um de nós e todos juntos tenhamos sido capazes de produzir novos conhecimentos, de dar mas também de receber, sentir e acreditar que de facto valeu a pena”. Disse esperar igualmente que os participantes no colóquio tenham compreendido e assumido a necessidade de olhar para o futuro como o nosso principal desafio. Nesta perspectiva, referiu, impõe-se lançar as seguintes questões: saberemos doravante respeitar a vontade do povo expressa pelo voto das maiorias? As leis serão a expressão do nosso contrato social supremo e por isso da aplicação inquestionável? Uma vez legitimados no poder, teremos consciência da nossa responsabilidade em velar pelo interesse das minorias, dos mais diminuídos ou marginalizados ou mesmo dos excluídos? Saberemos antecipar as nossas transformações sociais e produzir os mecanismos de compensação necessários à manutenção dos equilíbrios em termos das oportunidades? Produziremos os instrumentos necessários para assegurar a devida e responsável participação popular, a justiça social, as relações entre os actores sociais face ao poder e o dirimir da conflitualidade social? Estaremos prontos a dar uma oportunidade às instituições e ao jogo democrático ou a razão da nossa força continuará a sobrepor-se? Em suma, saberemos, afinal, limitar o nosso poder para que o risco da eventual embriaguez desse mesmo poder não nos leve a destruir o que edificamos nos momentos de maior lucidez ou continuaremos a escolher a interpretação mais conveniente, mesmo que circunstancial e a responsabilizar sempre o sistema pela sua imperfeição?

 

Segundo Domingos Simões Pereira, sejam quais forem as inclinações que melhor representarem as nossas convicções, nesta ocasião “não devemos esquecer dos ditames dos pais fundadores da democracia, um sistema assumidamente incompleto e imperfeito, mas até hoje reconhecido como o melhor disponível”, acrescentando que não há sistema que pela “sua perfeição nos dispense do diálogo e da produção de compromissos. Não fiquemos incessantemente à procura da perfeição, pois ela só existe no limite da nossa capacidade de dialogar, concordar e de nos comprometer mutuamente”. 

Para o chefe do Governo guineense, os momentos de abordagem que aconteceram nos três dias do colóquio, a qualidade dos intercâmbios, a justaposição e a interacção dos pensamentos partilhados, “fizeram destas jornadas momentos sublimes na afirmação da nossa liberdade. Foi um exercício de cidadania e elevação para o qual não existe alternativa, pois não há alternativa à paz, ao diálogo inclusivo, ao compromisso e à construção de consensos”.

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